quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Razões para ter uma cobertura vegetal

 

 brilhantina ou pilea microphylla - planta de coberturaO mais tradicional em cobertura vegetal do solo desnudo sempre foi o gramado.
Extensos tapetes verdes cobrindo qualquer porção de solo que não seja canteiro ou ao redor das árvores.
Quando estas são grandes e com boa sombra, ao redor delas a grama definha e desaparece, não só pela sombra, mas pela competição com as raízes das árvores.
Nos acostumamos ao verde-esmeralda da grama, plantas que são indicadas para campos de futebol e áreas de jogos infantis.
O gramado ainda é muito cultivado na maioria dos jardins.
Para quem não tem tempo e não deseja jardineiro nem equipe de manutenção, a tarefa de cortar a grama frequentemente passa a ser um passatempo odiado e o gramado acaba por ser meio abandonado, virando local onde os cachorros brincam, deixam seus “presentes” e a grama começa a ficar queimada, irregular, os inços aparecem e o que era bonito agora mostra a falta de cuidado.
Uma opção para quem ama gramado e não pode passar sem ele é considerar a irrigação controlada para as regas, o que diminui o consumo de água.
A implantação não é barata, mas o custo/benefício poderá compensar a longo prazo.
A opção que muitos fazem é radical, colocando pisos impermeáveis, pedriscos soltos, aumentando a irradiação do calor no verão, podendo elevar significativamente o consumo de ar condicionado no interior da residência.
Nos tempo de projetos sustentáveis, o gramado representa uma grande utilização de mão-de-obra.
Para conservá-lo bonito é necessária muita água para regas, o que irá aumentar a conta no fim do mês.
Principalmente em regiões quentes e com poucas chuvas.
Lugares sem pisoteio, ao redor de árvores e sob pequenos bosques de árvores e arbustos, a cobertura vegetal chamada também de forração pode cumprir bem o papel de cobertura do solo, preservando a umidade bem como a beleza do projeto paisagístico.

Escolhendo as plantas para as forrações

vinca de flores azuis - vinca major
Escolhem-se as plantas para as forrações, conforme a insolação e o tipo de solo do local.
Após seu estabelecimento necessitam muito pouco de cuidados, fertilizantes e manutenção.
São permanentes ajudando na retenção de água das chuvas e de regas. Este fator diminui a percolação das águas levando a camada superficial do solo ou encher as ruas e transbordar bueiros, principalmente em áreas com pisos e asfaltos.
Desde que espalhar-se é uma das características das plantas para forrações, a seleção cuidadosa é a verdadeira chave do sucesso.
As heras (Hedera helix), por exemplo, além de estender-se pelo chão são capazes de subir muros e árvores, enredando todos com seus ramos e folhas triangulares.
Se não é esta a intenção do projeto, evite colocá-las.
Lugares com certo declive costumam ficar esplêndidos com a hera ou então com a vinca-de-flores azuis (Vinca major).
Além de economizar água, mão-de-obra e ser paisagisticamente corretas no que diz respeito à sustentabilidade, as coberturas vegetais são excelentes controladoras de inços.

Forrações de sombra

Tradescantia zebrina
Impedem a germinação de suas sementes, principalmente as de altura média como a onda-do-mar (Tradescantia zebrina) e o singônio (Syngonium), ótimas para forrações de pequenos bosques e ao redor de árvores de muita sombra.

Plantas rasteiras para cobertura de pleno sol

Para cultivo a pleno sol e solos com boa drenagem e também para jardins de cactos e suculentas, recomenda-se também a maringá (Aptenia) de folhas verdes ou variegadas.

Forrações para canteiros

Grandes canteiros sobre gramados, formando notas coloridas com ou sem a adição de arbustos, árvores ou mesmo palmeiras. A trapoeiraba roxa (Tradescantia pallida) tem sido muito usada para canteiros em parques públicos e jardins condominiais pela facilidade de cultivo, não exigindo mão-de-obra de poda e resistindo bem a períodos sem regas. Outra planta interessante é a ajuga (Ajuga reptans) com folhas cor de vinho ou variegadas que pode adicionar maior encanto a acabamento de canteiros ou manchas em locais à meia sombra.
Ao redor de arbustos de cores vivas ou mesmo de folhas diferentes e grandes como as da Strelitzias (Strelitzia reginae) pode-se utilizar plantas somente verdes.
Por exemplo, o dinheirinho (Pilea mycrophilla) de crescimento médio e formando moitas arredondadas, que combina muito bem seu tom verde-vivo com o tom acinzentado da outra planta.

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