quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

 
 
SOBRE BROMELIAS...................
Muitas pessoas andam falando ainda sobre as bromélias serem criadouros do mosquito da dengue. Para esclarecer de vez este mal entendido, passo a vocês o texto extraído da Sociedade Brasileira de Bromélias.

Entenda a ecologia da bromélia, e como o Aedes aegypti entra nessa estória.

O tanque que algumas bromélias desenvolvem no imbricamento de suas folhas NÃO É UMA POÇA D'ÁGUA. Ela é SIM, UM POÇO DE VIDA. A diferença é que uma poça d'água (pratinhos, pneus, garrafas e plásticos), ainda que possa abrigar OCASIONALMENTE algumas formas de vida, é uma água parada, um ambiente inerte. O tanque da bromélia, contudo, é uma estrutura vital da planta e assim como os intestinos dos animais, abriga MUITAS formas de vida, das quais ela depende para se nutrir e sobreviver.

A POÇA D'ÁGUA: Armazenada ao acaso, a água da chuva passa a ser rapidamente colonizada pelos organismos menos especializados. Em ecologia, chama-se isso EUTROFICAÇÃO. A partir de alguns poucos nutrientes, surgem determinadas algas e bactérias (POUCAS ESPÉCIES, ALGUMA QUANTIDADE). Em poucos dias, aparecem as larvas dos mosquitos, entre eles, o Aedes aegypti. Essa fase dura pouco. A água se turvará, se não chover, ou secará.

O TANQUE DA BROMÉLIA: As bromélias tanque-dependentes começam a guardar água antes de seu primeiro ano de vida. Essa água , protegida pelo ambiente das folhas, se transforma num pequeno mas rico ecossistema em muito pouco tempo. POUCA ÁGUA SE EVAPORA DAÍ, MUITA É CONTINUAMENTE ABSORVIDA PELA PLANTA, suprindo-a com nutrientes e evaporando pela superfície da folha. A sucessão de formas de vida é muito intensa e o resultado é uma CALDA repleta de organismos (MUITAS ESPÉCIES, GRANDE QUANTIDADE) que competem entre si, numa cruenta interdependência ecológica.

O Aedes aegypti - Muitos colecionadores ficaram alvoroçados com a ameaça do dengue e passaram a monitorar de forma obsessiva suas plantas. O resultado foi surpreendente: PRATICAMENTE NÃO FORAM ENCONTRADAS LARVAS DE AEDES AEGYPTI. Mesmo aqueles que não aplicavam inseticidas, não encontravam larvas do Aedes aegypti em suas plantas. Coleções grandes e, especialmente aquelas situadas próximo às florestas, não acusavam a presença do mosquito e, quando eram encontradas larvas, pertenciam a mosquitos dos gêneros Culex e Anopheles , nativos de nossa fauna.

A Sociedade Brasileira de Bromélias sustenta que as bromélias não são criadouros preferenciais. Mas, com o avanço da moléstia, à mercê de um enorme descuido das autoridades de saúde, a ordem agora é enfrentar o mosquito e não deixar que as bromélias sejam estigmatizadas e transformadas em bodes expiatórios.

Para pessoas que possuem poucas plantas em casa ou no apartamento:
- Deverão ter sua água trocada pelo menos duas ou três vezes por semana. A água deverá ser entornada sobre a terra ou longe dos ralos;

- Regar as plantas com uma calda de fumo (fumo de rolo ou de cigarro colocado em dois litros d'água de um dia para outro ou fervido) ou com solução de água sanitária (uma colher de chá de sanitária para um litro d'água) duas vezes por semana;

- Também se recomenda a aspersão de todo o ambiente onde as plantas estão com inseticida aerosol piretróide com propelente à base de água (evitar aqueles com querosene) duas vezes por semana;

- Se possível, utilizar todas essas medidas em conjunto para segurança total. Bromélias plantadas no chão, em residências ou condomínios: Recomenda-se o inseticida ecológico rural, da Natural Camp ou fumo de rolo diluído em água, ou um pouquinho da borra do pó de café diluído em água.

IMPORTANTE: Para acabarmos com o mosquito, o controle deverá ser permanente, quebrando o ciclo do mosquito. Os ovos do Aedes aegypti ficam viáveis por até 400 dias e, com isso, se não houver atenção até o ano que vem, ele retornará ainda pior em todos os focos conhecidos.

A manutenção dos jardins e espaços públicos é responsabilidade do Estado ou do Município, a quem cabe decidir os produtos e técnicas a serem utilizados. Sabemos hoje que o combate a esses focos é possível e não obriga à destruição de plantas de qualquer natureza que são patrimônio público, ou seja, da população. A legislação ambiental protege as bromélias da natureza porque reconhece a sua importância nos ecossistemas. É crime ambiental, inafiançável, extrair ou destruir bromélias dos ambientes naturais!

Ninguém precisa se desfazer das suas bromélias. Elas são fonte de beleza e a natureza certamente agradecerá.

CONCLUSÃO: Habitado por um vigoroso pool de formas nativas de vida e sujeito à constante substituição biológica de suas águas, O POÇO DE VIDA DAS BROMÉLIAS NÃO É CRIADOURO ADEQUADO PARA O AEDES AEGYPTI, UM MOSQUITO EXÓTICO. As águas paradas das poças (pratinhos, pneus, vidros e garrafas), com ecologia mais pobre, são o local ideal para a proliferação do mosquito

terça-feira, 20 de novembro de 2012

sábado, 17 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

VIBURNO :)
Como falei no último post, não tem nada melhor do que encontrar flores, de repente, no jardim. O viburno, planta arbustiva, perfeita para fazer o papel de cerca-viva, tem crescimento lento. Constatei isso após plantar algumas hastes em vasos ao lado da piscina no finalzinho de 2010. De lá para cá, acredito que ela não tenha crescido nem 10 cm de altura, isso porque evito podas desnecessárias. Mas ainda assim é uma espécie com vários pontos positivos. Listo alguns:
1. Suas folhas dificilmente caem com o vento, o que a torna ideal para cantos próximos a piscinas;
2. Não perde as folhas nem no inverno nem no outono, portanto não abre clareiras se for usada com o objetivo de camuflar alguma área;
3. Ainda dá pequeninas flores que são muito apreciadas por abelhas e borboletas, polinizadores sempre bem-vindos no jardim. Os cuidados com ela são poucos. Cabe regá-la dia sim, dia não, e programar adubações a cada seis meses para manter o seu vigor. No mais, é só curtir o visual que ela proporciona!!!
VIBURNO :)
Como falei no último post, não tem nada melhor do que encontrar flores, de repente, no jardim. O viburno, planta arbustiva, perfeita para fazer o papel de cerca-viva, tem crescimento lento. Constatei isso após plantar algumas hastes em vasos ao lado da piscina no finalzinho de 2010. De lá para cá, acredito que ela não tenha crescido nem 10 cm de altura, isso porque evito podas desnecessárias. Mas ainda assim é uma espécie com vários pontos positivos. Listo alguns:
1. Suas folhas dificilmente caem com o vento, o que a torna ideal para cantos próximos a piscinas;
2. Não perde as folhas nem no inverno nem no outono, portanto não abre clareiras se for usada com o objetivo de camuflar alguma área;
3. Ainda dá pequeninas flores que são muito apreciadas por abelhas e borboletas, polinizadores sempre bem-vindos no jardim. Os cuidados com ela são poucos. Cabe regá-la dia sim, dia não, e programar adubações a cada seis meses para manter o seu vigor. No mais, é só curtir o visual que ela proporciona!!!
Sarracenia purpurea é uma planta carnívora que atrai insetos e outros pequenos animais para as doces secreções dos seus jarros e cores. Sua presa inclui insetos, besouros e aranhas, como seria de esperar, mas também as lesmas e mais raramente sapos, lagartos e salamandras. Insetos entram os jarros perdem seu fundamento sobre os cabelos lisos e coberta de cera da superfície interna e borda e caem para o fundo da jarra onde eles são digeridos por enzimas da planta. Esse mecanismo de captura de presas (denominada uma armadilha de pitfall) é, portanto, diferente da dioneia (Dionaea muscipula), por exemplo.
Sarracenia purpurea é uma planta carnívora que atrai insetos e outros pequenos animais para as doces secreções dos seus jarros e cores. Sua presa inclui insetos, besouros e aranhas, como seria de esperar, mas também as lesmas e mais raramente sapos, lagartos e salamandras. Insetos entram os jarros perdem seu fundamento sobre os cabelos lisos e coberta de cera da superfície interna e borda e caem para o fundo da jarra onde eles são digeridos por enzimas da planta. Esse mecanismo de captura de presas (denominada uma armadilha de pitfall) é, portanto, diferente da dioneia (Dionaea muscipula), por exemplo.



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Forros em bambu e esteiras..............











TELHADOS ECOLÓGICOS


Os telhados ecológicos e os jardins nos telhados existem há milhares de anos, lembra dos jardins suspensos da Babilônia (uma das sete maravilhas do mundo)? Usavam um elaborado sistema de irrigação para criar um jardim paradisíaco com terraço ao lado de fora da atual Bagdá. Europeus do norte já escolheram telhados tradicionais de grama para isolar as casas. Hoje em dia, os telhados ecológicos são predominantes ou obrigatórios em algumas partes da Europa. Na Alemanha, 14% de todos os telhados são ecológicos. Uma vista aérea da maioria das áreas urbanas apresenta uma variedade de coberturas de asfalto, alcatrão preto e cascalho. O calor irradia de telhados escuros e a água passa pelas superfícies duras e, de preferência, impermeáveis. Existe uma nova tendência que quebra a monotonia dos telhados comuns: as coberturas ecológicas. Há muito tempo populares na Europa, elas começaram a atrair a atenção de proprietários de imóveis, comércios e, até mesmo, de cidades como uma maneira interessante de promover o ambientalismo enquanto resolvem os problemas dos telhados convencionais.
Por que usar telhados ecológicos? 1.Por que eles substituem uma infra-estrutura pesada por uma que não só é mais eficiente como também é mais bonita e útil; 2. As coberturas ecológicas servem de refúgio para as pessoas que trabalham em escritórios, e são lugares para plantar jardins ou para que as pessoas que moram em prédios possam relaxar; 3. Mesmo onde eles não são acessíveis, criam belas vistas aéreas para os vizinhos ao redor e são lugares isolados e seguros para animais selvagens; 4. Reduzem os custos de energia com isolamento natural; 5. Absorvem a água da chuva, diminuindo a necessidade de sistemas de drenagem complexos e caros: 6. Aumentam a qualidade do ar (numa escala mais alta) e ajudam a reduzir o efeito da Ilha de Calor Urbana (um fenómeno em que o crescimento das cidades e dos subúrbios faz que o calor seja absorvido e armazenado); 7. Esses telhados duram mais do que os convencionais.
As camadas de um telhado ecológico precisam, como as de qualquer outro telhado, favorecer a drenagem e proteger a construção dos elementos da natureza por meio de uma membrana à prova d’água. Elas também precisam, no entanto, criar uma área de crescimento e oferecer apoio, irrigação e barreiras para a proteção das raízes, ao mesmo tempo que se mantêm o mais leve possível.
Existem dois tipos de telhados ecológicos:
1. Intensivos são basicamente parques elevados. Conseguem sustentar arbustos, árvores, passagens e bancos com suas camadas para suporte estrutural complexo, irrigação, drenagem e proteção das raízes. Existem apenas por seus benefícios ambientais e não funcionam como jardins de cobertura acessíveis. A média de crescimento de 0,31 m, ou mais, é necessária para um telhado ecológico intensivo cria um peso de 36 a 68 kg por 0,09 m²;
2. Extensivos são relativamente leves, com o peso de 7 a 23 kg por 0,09 m². Sustentam uma cobertura de solo nativo forte que exige pouca manutenção.
Não é novidade, cada dia as cidades ficam mais quentes, o planeta passa por um aquecimento, as mudanças climáticas, arquitetura e impermeabilização do solo causam a ICU (Ilha de Calor Urbana). O fenômeno cria uma ilha térmica onde a temperatura pode variar até +10 graus Celsius, nas cidade de clima frio esse fenômeno se torna benéfico, pois as ilhas de calor se formam a noite, reduzindo a necessidade de sistemas de aquecimento. Entretanto em regiões tropicais a ICU se forma durante o dia, o que não é bom, pois aumenta e muito a necessidade de ar-condicionado nas casas ou prédios.


A instalação de um telhado ecológico começa em U$ 88,00/m², infelizmente bem superior aos U$ 13,00/m² do telhado convencional, mas deixando de lado os fatores económicos os benefícios são enormes.
Os telhados ecológicos, são uma ótima solução para reduzir a temperatura interna, um telhado convencional pode ter em sua superfície 32 graus Celsius ACIMA da temperatura do ar, ao passo que os telhados ecológicos podem ficar até mais frios. Depois de preparar o telhado ou laje, são fixados os módulos que necessitam de irrigação manual ou as lâminas que garantem um suprimento de água ao telhado.

Telhados ecológicos como estes nas Ilhas Faroe podem durar duas vezes mais do que os convencionais
Os benefícios dos telhados ecológicos estão encorajando proprietários de imóveis, comércios e cidades preocupadas com o meio ambiente a construírem coberturas ecológicas. Esses telhados evitam que a água escoe e que o esgoto transborde. A vegetação e o solo agem como esponjas, absorvendo e filtrando a água que normalmente formaria goteiras e encheria ruas poluídas e sistemas de esgoto sobrecarregados. As plantas do telhado ecológico removem as partículas do ar, produzem oxigênio e oferecem sombra. Usam energia calorífica durante a evapotranspiração, processo natural que resfria o ar à medida que a água evapora das folhas da planta. A evapotranspiração e a sombra produzidas pelas plantas ajudam a eliminar o efeito da Ilha de Calor Urbana criado pelo excesso de superfícies reflexivas e impermeáveis nas cidades e nos subúrbios. Se os telhados ecológicos se tornarem uma iniciativa comum nas construções, as cidades podem reduzir os efeitos incômodos das Ilhas de Calor Urbanas.

Uma das coberturas ecológicas mais famosas dos EUA, City Hall de Chicago, ajuda a resfriar o prédio e a minimizar o escoamento de água. Reúne sistemas extensivos, intensivos e intermediários semi-intensivos em um telhado reformado. Complementa a vegetação tradicional sem atrapalhar a infra-estrutura urbana – pega um espaço abandonado e o torna útil.
Detalhe dos painéis, que por serem sanfonados, permitem abertura total. Todo o piso do andar superior é de tábua corrida de madeira com veios bem marcados, muito lindo!
Trata-se do fechamento horizontal em bambu, que pode ser fixo ou retrátil, oferecendo sombreamento adequado a cada local, confira algumas imagens:
fechamento fixo em bambu em vidro e estrutura de madeira
fechamento fixo de bambu em vidro e estrutura de madeira
Nesse caso foi usado o bambu cana mel, mas a empresa A Morada também trabalha com outros materiais como madeira, palhinha e junco, todos apresentando diferenciais ambientalmente corretos em sua produção.
Espaço para descansar, receber e apreciar a paisagem, a varanda é desejo de quem mora em apartamento. Se você tem uma varanda pequena, leia sugestões de como decorá-la.


Os moradores deste apartamento paulistano queriam uma varanda que fizesse jus à beleza da paisagem do Parque Burle Marx. Muitas plantas, cantinhos aconchegantes e até uma fonte foram os desejos revelados à arquiteta Tina Ansarah. Ela nivelou o piso da varanda com o da sala de estar, cobrindo o revestimento de mármore com deques e pedriscos e desenhou também um grande banco de madeira de madeira de demolição (2), executado pela Marcenaria Roberto Gonçalves, que apoia o futon de Nelita Turcatto. Sobre ele, manta listrada do Empório Beraldin e almofada roxa da L’Oeil, mesma loja das lanternas marroquinas (1). O deque é da Adorno Madeiras e as plantas da Anni Verdi. Plantas tropicais e uma fonte num vaso de madeira (3) deixam este cantinho mais charmoso. Para que a água circule, há uma bomba de aquário dentro do vaso, que abriga espécies aquáticas.


A área de serviço desta casa paulistana ficava nos fundos do terreno, onde hoje figura um gostoso banco rústico coberto por almofadas. Quando os moradores decidiram reformar, derrubaram um muro que ali havia e transferiram a lavanderia para outro espaço. Aproveitando o ensejo, incumbiram a paisagista Suzana Ceridono de criar uma varanda, extensão do estar, sob a cobertura projetada para uma festa, que se tornou fixa. “Como o estilo deles é bem despojado, assentamos tijolos de demolição diretamente sobre o contrapiso existente e demarcamos assim a área da varanda, que acaba virando uma pista de dança em dias de festa”, fala Suzana. O muro de aparência rústica (4) que isola a área de serviço é pintado com uma mistura de cal, pó xadrez e corantes que a moradora mesma prepara.


A cobertura foi feita para uma festa pela TCA Eventos. “O plástico cristal que a recobre é trocado todos os anos, pois se desgasta com a ação das intempéries”, conta Suzana. Sob ela, esteiras de bambu da Bothânica Paulista (5). A moradora comprou na internet o tecido colorido que se transformou nas almofadas (execução da Amanda Espumas) sobre o banco de madeira. Mesa do Depósito São Martinho, cadeiras da Isto É Brasil. Os tijolos de demolição só pedem uma limpeza mensal com um limpador de alta pressão para não juntar limo (6).


O casal que mora neste apartamento paulistano decidiu integrar a varanda com o living. “O piso tinha a cerâmica que foi entregue pela construtora. Retiramos as placas e subimos o contrapiso 10 cm, para ficar na mesma altura da sala, e instalamos o mesmo revestimento de mármore travertino”, conta a arquiteta Paula Magnani.


Mesmo sendo uma extensão do estar, a varanda ganhou alguns elementos típicos: o frescor de diferentes folhagens e duas fontes. A paisagista Paula Magaldi ajudou a escolher as plantas, selecionando apenas folhagens, e duradouras, já que as flores geralmente pedem mais manutenção. Entre as escolhidas, há o bambu-mossô e a pata-de-elefante. No piso, mármore travertino navona (Pedras Guarani). Poltronas e banco da Dpot. As fontes têm bicas de ferro, executadas pela Techno Design Serralheria, jorram água para caixas, também de ferro, com fundo falso, onde se escondem bombas d’água. O fechamento com vidros é da Dorma.


Quando a arquiteta Luciana Castro foi contratada para reformar este apartamento, a sala já estava aberta para a varanda e um problema incomodava os moradores: em dias de chuva muito forte, a água invariavelmente entrava no espaço. Como nenhum especialista em esquadrias conseguia resolver o caso, a arquiteta sugeriu uma solução que encampasse o problema. “Assumimos que o espaço voltaria à sua função de varanda e não seria uma extensão da sala. Então desistimos de instalar um piso de tacos igual ao do estar, como queriam os proprietários, e colocamos ali somente peças típicas de áreas externas”, diz. O jardim de vasos (10) segue o conceito de não ter nada muito combinado: “Queríamos passar a ideia de um jardim montado aos poucos. Flores, plantas e vasos de diferentes tamanhos e formas são o destaque do arranjo”, conta Luciana.


O deque (12) é de placas de ipê (50 x 50 cm, Leroy Merlin) travadas nas paredes e cobre o piso original, de lajotas cerâmicas. Duas poltronas de fibra de vidro (Desmobilia) podem ser molhadas, assim como os vasos e as plantas (Le Jardin Paisagismo). A pintura no tom berinjela (11) é própria para fachadas (R 093, da Suvinil – Antes de comprar a tinta, verifique o tom no catálogo do fabricante. A impressão da revista altera a cor original). “Por se tratar de uma parede pequena, não hesitamos em usar um tom forte”, diz.


Assim que a construtora entregou o apartamento novo ao casal de proprietários, eles encomendaram uma reforma à arquiteta Fernanda Dabbur. A varanda, que já tinha uma churrasqueira e um balcão de refeições, ganhou apenas fechamento com vidros e armários sob medida na área da pia. Passados quatro anos, os moradores entraram em contato com Fernanda novamente. “Eles perceberam que ali era o lugar que mais usavam, onde sempre recebiam. Então, pediram uma ambientação para fugir do improviso”, conta. Entraram em cena, então, os complementos. As luminárias pretas (13) de formatos e alturas diferentes, formando um charmoso arranjo sobre o balcão. Assinadas por Tom Dixon, vieram de Londres. Um tipo especial de cimento queimado (tecnocimento da NS Brazil) cobre o piso de cerâmica (14). “Sobre outro revestimento, o trabalho demorou 30 dias. Foi como uma pintura”, conta Fernanda. A área da churrasqueira ganhou ladrilhos hidráulicos da Ibiza. As poltronas são da Saccaro, o vaso da L’Oeil e a marcenaria do Empório Brasil.


O apartamento dúplex do casal com dois filhos pequenos tinha um espaço aberto de 22 m2 na cobertura, onde ficam um home theater e uma cozinha gourmet. A moradora queria transformá-lo numa área para relaxar e também brincar com crianças. Por isso, pediu às arquitetas Ângela Martins e Paula Leonardo um ambiente acolhedor e fácil de manter. A mesa de centro, o garden seat e os cachepôs são da L’Oeil. Ladrilho hidráulico da Casa Franceza.


Em harmonia com o piso de ladrilho hidráulico, os móveis rústicos e os vasos de plantas marcados pelo tempo reforçam o clima de quintal. O piso é uma miscelânea de ladrilho hidráulico, deques de cumaru e pedriscos (15). O aparador de madeira de demolição, que pode ficar exposto às intempéries, serve de apoio ao orquidário, apoiando alguns vasos (16).


O marido trabalha no mercado financeiro e a mulher é estilista. Com uma vida profissional atribulada, o que o casal mais gosta de fazer nos fins de semana é curtir o bebê e os amigos, reunindo todos na varanda da casa, que fica num condomínio na Barra, no Rio de Janeiro. Como os encontros são sempre em torno de pratos que o próprio anfitrião prepara, os proprietários encomendaram à decoradora Fernanda Pessoa de Queiróz a instalação de churrasqueira e cooktop, além de uma área de refeições. “Um gostoso sofá, repleto de almofadas coloridas (20), completa a decoração, que convida a esticar o programa”, conta.


O marido trabalha no mercado financeiro e a mulher é estilista. Com uma vida profissional atribulada, o que o casal mais gosta de fazer nos fins de semana é curtir o bebê e os amigos, reunindo todos na varanda da casa, que fica num condomínio na Barra, no Rio de Janeiro. Como os encontros são sempre em torno de pratos que o próprio anfitrião prepara, os proprietários encomendaram à decoradora Fernanda Pessoa de Queiróz a instalação de churrasqueira e cooktop, além de uma área de refeições. “Um gostoso sofá, repleto de almofadas coloridas (20), completa a decoração, que convida a esticar o programa”, conta.


Para acomodar bem os convidados, há as banquetas Lem (Novo Ambiente) junto à churrasqueira e a mesa (Artefacto) com bancos estofados de couro branco (Way Contemporânea). Sobre o balcão, vaso de vidro com arranjos de flores de Duílio Sartori. O sofá tem almofadas coloridas (tecidos da Espaço Multi, confecção da AMSL). A do centro, com estampa, é da Beach & Country, assim como o garden seat azul. A toalha de mesa é da Área Objetos. A faixa de cimento queimado na parede (18) destaca a área da churrasqueira no ambiente branco. As cortinas de gaze de linho penduradas em cabos de aço fazem um bonito movimento no espaço, além de conferirem elegância e aconchego (19).


Crianças brincando na rua, festa de são João, vizinhança amigável e portas abertas: a vida numa vila de casas próxima a uma avenida movimentada de São Paulo tinha ares de utopia, mas era a realidade de uma família paulistana que decidiu fugir da especulação imobiliária. “Resolvemos refazer o sonho numa chácara nos arredores da cidade”, conta o dono desta casa, que, com a mulher, fez a reforma aos poucos. A varanda perdeu uma parte para a sala e ganhou nova roupagem. A vista para o jardim, entretanto, foi mantida. “É o canto onde o sol da manhã bate numa hora gostosa. Aproveitamos para ficar ali com os netinhos”, diz. Tijolos e grades de casarões demolidos foram garimpados pelo casal nos anos 1990. “Percorrendo as obras, conseguimos resgatar peças lindas e baratas”, conta o morador.


A jarra azul-clara com arranjo de flores é da Rose Store, assim como a floreira de ferro sob a janela.


Os ladrilhos hidráulicos (23) têm uma estampa antiga, mas foram comprados novos na Fábrica de Ornatos Nossa Senhora da Penha. Os demais materiais, como os tijolos e as grades, vieram de demolições. O jardim da casa mistura resquícios de mata Atlântica com espécies plantadas pelos antigos moradores da chácara, que existe há mais de 60 anos. Os móveis usados, encontrados pela moradora num brechó, ganharam uma cor que ela mesma desenvolveu (22).