terça-feira, 13 de março de 2012

Kalanchoe pinnata

Sinonímias botânicas: Bryophyllum calycinum Salisb., Bryophyllum germinans P. Fr. M. Blanco, Bryophyllum pinnatum (L. f.) Oken, Bryophyllum pinnatum (Lam.) Kurz, Cotyledon calycina A.G. Roth, Cotyledon calyculata Solander, Cotyledon pinnata Lam., Cotyledon rhizophilla Roxb., Crassuvia floripendia Comm. ex Lam., Crassuvia floripenula Comm., Kalanchoe brasiliensis (errôneo), Kalanchoe pinnata var. floripendula Pers., Sedum madagascariense Clus., Verea pinnata (Lam.) Spreng.

Nomes populares: Folha-da-Fortuna, Saião Roxo, Folha-de-pirarucú, Folha-grossa, Sempre-Viva, Coirama, Coirama Vermelha, Gordinha, Prodigiosa, Erva-da-costa, Folha-da-costa, Orelha-de-monge, Paratudo, Roda-da-fortuna, Air Plant, Lifeplant, Cathedral Bells, Canterbury Bells, Floppers, Mexican Love Plant, Mother-in-Law Plant, Miracle Leaf, Sprouting Leaf, Sprout Leaf Plant, Leaf of Life, Resurrection Plant, Life Plant, Tree Of Life, Monkey Ears (Monkeys Ear), Goethe Plant, Wonder of the World, Floppers, Bruja, Yerba de bruja, Flor de aire, Siempre Viva, Hoja Del Aire, katakataka, kataka-taka.

Família: Crasulaceae

Espécies assemelhadas: Pode ser confundida com o Saião (Kalanchoe laciniata; K. brasiliensis) ou outras “Folhas-da-Fortuna”, plantas do mesmo gênero que podem formar mudas adventícias em vários pontos das bordas das folhas. Este último erro também é muito freqüente em sites estrangeiros, onde várias espécies de Kalanchoe aparecem erroneamente como K. pinnata.

Origem: África e Ásia. Foi, porém, introduzida pelo homem em quase todo o mundo.

Características: Esta crassulácea é uma planta perene. É uma herbácea, mas muitos trabalhos a classificam como subarbusto, pelo tamanho que pode obter e pelo fato de várias plantas com raízes no mesmo ponto darem a impressão de uma planta arbustiva. As folhas são muito variadas, podendo ser simples, tendendo ao formato oval e arredondado na base, ou então, nas folhas mais velhas, serem compostas imparipinadas. As suas bordas são serrilhadas, como na maioria das plantas do gênero. Nestes pontos da borda, podem surgir mudas adventícias, assim como em suas parentes, mas, diferente destas, as mudas só surgem se as folhas caírem ao chão, e quase nunca enquanto ainda estiver na planta. Os botões flortais têm a inusitada característica de ‘estourarem’ se pressionados, pois são hermeticamente fechados até a abertura da flor. As suas flores de coloração rósea apresentam-se em cachos no ápice da planta, sendo que a maior parte dela fica escondida dentro das sépalas. Os frutos são constituídos de cápsulas semelhantes às de outras Kalanchoe, porém maiores. As sementes são minúsculas, como as de eucalipto.

Cultivando em Florestas de Suculentas: Eu não me lembro ao certo quando conheci esta espécie, de tão comum que ela é em nosso meio. Lembro-me apenas de, quando a idéia de fazer Florestas de Suculentas começou a se formar em minha cabeça, logo incluí essa espécie no meu ‘projeto’. Mas eu temia uma coisa: que ela se tornasse muito maior do que as suas companheiras e logo dominasse o ambiente, descaraterizando-o. É que esta suculenta está entre as grandalhonas do hobbie: não raro chega a um metro de altura quando cresce em terra boa, podendo ultrapassar muito isso quando se ‘estica’ em busca de luz ou está para florescer. A solução que tenho encontrado (além de plantá-la apenas em manchas de solo mais pobre da FDS) é de plantá-la em volta dos vasos das FDSs, e não dentro deles. Como os vasos normalmente são mais altos em relação ao solo em seu redor, a espécie fica muito bem caracterizada e, na verdade, até expande a Flores de Suculentas para fora dos limites do vaso.

Esta é uma espécie interessante de muitas maneiras. Por ser planta de locais secos onde a polinização não é garantida, ela se reproduz assexuadamente com facilidade. Por esta razão, Kalanchoe pinnata é hoje uma espécie subespontânea em muitas partes do mundo, inclusive no Brasil. Isto significa que, embora ela não consiga surgir sozinha em um ambiente, se alguém a plantar ela continua persistindo sozinha naquele ambiente, sem a ajuda do homem, e competindo com as demais plantas do local. Por essa razão, é frequentemente encontrada em locais de vegetação silvestre, sobretudo em dunas, capões e áreas de cultivo abandonadas. Além disso, é uma planta reputada como medicinal em praticamente todo mundo, o que se pode perceber pelo seus nomes populares em outras línguas “Planta da Vida”, “Erva de Bruxa”, e pelo nacional “Paratudo”. (Veja nos links ao final deste artigo os seus usos e contra-indicações como medicinal.)

Dentro da FDS, ela é responsável por uma série longa de interações ecológicas. Primeiramente, ela se reproduz dentro da FDS, gerando mudas nos locais onde suas folhas caem, inclusive dentro das rosetas de mini Espada-de-São-Jorge (as quais normalmente acumulam detritos que caem do alto da Floresta de Suculentas). Em segundo lugar, por ser uma planta comestível. Alguns sites estrangeiros a citam como venenosa, porém eu mesmo consumo algumas folhas de vez em quando, e jamais tive qualquer problema (em todo caso, pessoas com pressão baixa e hipotiroidismo devem evitá-la). E também animais herbívoros a consomem, embora nunca em quantidade o suficiente para prejudicar a planta. No exato dia em que estou escrevendo este artigo, percebi um amontoado de folhas da espécie caídas dentro da FDS onde vários buracos têm aparecido nos últimos dias (nas folhas caídas apenas, e não nas que estão nas plantas); quando mexi nas folhas, descobri lá dentro um gafanhoto de porte médio, que provavelmente está ali faz vários dias, se alimentando delas. Mas também noto buracos ocasionais em folhas que ainda não caíram. Além disso, é provavelmente a planta que mais atrai pulgões, dentre todas as minhas suculentas. Eles se acumulam nos brotos novos e dentro das flores, e não causam dano aparente à planta – exceto por algumas folhas deformadas ocasionais. Enquanto estão dentro das flores, os pulgões praticamente não sofrem ataques das joaninhas ou outros predadores, mas no momento em que as flores começam a morrer, os pulgões precisam procurar outros locais, e aí as joaninhas aparecem (às vezes em grande número) e caçam tantos deles quanto puderem pegar. Também formigas aparecem dentro das flores, mas é mais provável que estejam ali para ‘ordenhar’ pulgões do que para sugar néctar. Às vezes baija-flores tentar se alimentar em suas flores, mas é muito raro e eles não voltam depois de provarem. É possível ainda que cochonilhas e percevejos suguem a seiva desta planta, mas não tenho certeza.

Após o florescimento, a planta normalmente morre, mas às vezes pode rebrotar, ou mesmo persistir. É pouco comum que suas flores sejam polinzadas em nosso meio, mas não tão raro quanto em outros Kalanchoe. Quando são polinizadas (não sei dizer qual o polinizador), cada flor dá origem a um fruto do tipo cápsula, em tudo semelhante a outras crassuláceas, porém bem maior. As sementes que aí se formam são pequenas como as de eucalipto, mas não pude constatar se são capazes de germinar. É possível ainda polinizá-la artificialmente, inclusive cruzando com outras parentes próximas.

Interações (pragas/doenças/outros): A planta é extremamente resistente, mesmo sendo comestível. Alguns animais, como gafanhotos, grilos e lesmas grandes são capazes de se alimentar de suas folhas, mas sempre em pequenas quantidades. A planta é muito atacada por pulgões, que podem até deformar algumas folhas, mas sem danos maiores que este. Animais maiores, como galinhas e outros herbívoros domésticos, são capazes de matar esta planta. A espécie persiste no meio, reproduzindo-se assexuadamente, pelo que normalmente nunca precisa ser replantada. Por vezes se percebe também partes maiorees de folhas comidas, sobretudo nas grandes folhas velhas próximas do chão – possivelmente ação de animais mastigadores, como lesmas, grilos ou baratas.

Por ser muito atacada por pulgões, a planta também atrai bastante os seus predadores, sobretudo as joaninhas. Tesourinhas (o inseto), teias de aranha, vespinhas minúsuclas e outros pequenos predadores de pulgões também podem aparecer. Se a FDS ou jardim forem ecologicamente diversificados e saudáveis, estes animaizinhos por si só conseguem manter os pulgões sob controle. Muitas vezes os pulgões se instalam dentro de suas flores (que lembram pequenos balões) e lá eles conseguem ficar a salvo de predadores, aumentando em número absurdamente. Porém, a planta parece não sofrer com isso, e, quando a flor morre, os pulgões têm de sair e enfrentar o mundo de qualquer jeito.

Além dos pulgões, também cochonilhas e ácaros podem atacar seus brotos, deformando-os. Porém, são menos comuns. Lagartas-minadoras (larvas de certas mariposas que comem as folhas por dentro) também podem ocasionalmente aparecer, mas são muito raras. Semelhantemente a tais mariposas, na Ásia esxiste uma bela espécie de borboleta (Talicada nyseus) cuja lagarta se alimenta de folhas desta planta e de outras do gênero Kalanchoe. A borboleta põe um ou mais ovos nas folhas, e quando as lagartas nascem entram nos tecidos das folhas, comendo-as por dentro. Depois de grandes, saem e fixam seu casulo no caule, até virarem uma nova borboleta. Aparentemente, esta praguinha não ocorre aqui no Brasil.

A espécie também pode ser atacada por doenças causadas por fungos, especialmente se elas ficam em local de pouco sol e muita umidade, ou em solos muito pobres. Alguns destes fungos são bem conhecidos de agrônomos e agricultores, pois causam doenças em plantas de cultivo. Os fungos que mais comumente causam problemas são Botrytis, Cercospora, Cladosporium, Rhizoctonia, Fusarium. Partes mortas/apodrecendo grandes nas folhas costumam ser causadas por Botrytis; já pontos doentes isolados nas filhas são sinais de Cercospora e/ou Cladosporium. As plantas deste gênero podem ainda ser atacadas por doenças causadas por vírus e bactérias, sendo que existe um vírus específico delas, o vírus do mosaico do Kalanchoe, que cujas manchas aparecem nas folhas. Na prática, podem ser atingidas por todas as doenças que afetam os Kalanchoe de floricultura, mas são bem mais resistentes.

Propagação: Pode ser obtida facilmente através de estaquia de folhas. Plantas arrancadas com ou sem raíz também dão boas mudas.

Tolerância a umidade: Bastante boa, tolerando facilmente pequenos periodos de alagamento e locais onde outras suculentas acabariam sofrendo com podridão.

Floração: Com predominância no final do inverno, mas encontram-se indivíduos florescendo em qualquer estação do ano com certa facilidade.

Galeria de imagens:

Kalanchoe pinnata dentro da FDS Exemplares da espécie em uma Floresta de Suculentas Kalanchoe pinnata na Floresta de Suculentas

FDS com Kalanchoe pinnata fds Borboleta da couve em Kalanchoe pinnata

Kalanchoe pinnata Kalanchoe pinnata2 Kalanchoe pinnata_diabrotica

Cupim alado pousado em Kalanchoe pinnata pela manha Cupim alado encontrado morto em teia de aranha em Kalanchoe pinnata3 Cupim alado encontrado morto em teia de aranha em Kalanchoe pinnata2

Cupim alado encontrado morto em teia de aranha em Kalanchoe pinnata Pulgões em  Kalanchoe pinnata pulgões

Kalanchoe pinnata em floracao

domingo, 11 de março de 2012


flor-de-lis-da-sibéria

Nome Científico: Iris Sibirica
Nome Popular: Flor-de-lis-da-sibéria, Íris-da-sibéria, Lírio-siberiano
Família: Iridaceae
Origem: Sibéria
Ciclo de Vida: Perene

A Flor de Lis da Sibéria é uma bela florífera que forma touceiras grandes e de textura delicadas.

Suas folhas são delgadas como as de um capim, possuindo coloração verde intenso. Ocorrem também variedades de folhas variegadas de amarelo

Forma touceiras volumosas, com flores sustentadas por hastes eretas, elevadas acima das folhagens.

Suas flores são originariamente azuis, grandes e vistosas, mas hoje há uma grande variedade de híbridos com flores de outras cores.

Planta bastante versátil, encaixando-se em diferentes perfis e estilos de jardins, desde o mais sóbrio até os mais despojados.

Pode ser utilizada em maciços e bordaduras, assim como, em grupos irregulares e conjuntos. É bem apropriada para locais úmidos, adornando laguinhos e áreas mais baixas do terreno. Também pode ser plantada em vasos. Deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, rico em matéria orgânica e mantido úmido.

Por tolerar umidade excessiva no solo, a Flor de Lís da Sibéria adapta-se bem a ambientes palustres e pantanosos, como no entorno de lagos e em áreas de várzea. Esta planta é de clima temperado, não tolera o calor intenso, e deve ser conduzida em locais frescos, como em regiões serranas e no sul do país. Multiplica-se facilmente por divisão das touceiras e rizomas.

crossandra
Nome Científico: Crossandra infundibuliformis
Nome Popular: Crossandra, Crossandra-laranja, Crossandra-salmão
Família: Acanthaceae
Ciclo de Vida: Perene

Crossandra é um gênero de plantas floríferas nativo da África e Ásia e que contém cerca de cinquenta espécies, sendo a mais comumente criada a infundibuliformis e a “fortuna”, apelidadas de Crossandra Laranja e Crossandra Salmão respectivamente.

As plantas desse gênero podem chegar a quase um metro de altura e apresentam algumas flores de coloração forte durante todo o ano, porém especialmente em épocas que outras plantas não costumam florescer, fazendo assim dela um ótimo artifício para se ter flores em seu jardim ou vasos durante todo o ano.

É uma planta florífera, perene, ereta, de textura herbácea e porte arbustivo. Suas folhas são lanceoladas, opostas, com margens por vezes onduladas e de um verde intenso e brilhante. As flores surgem no Outono e Inverno, em longas inflorescências do tipo espiga, eretas, verdes e podem ser axilares ou terminais. O florescimento se inicia no ápice da inflorescência, com poucas flores desabrochando por vez. As flores são assimétricas, porém muito vistosas. Elas se apresentam em diferentes tonalidades de amarelo, salmão, rosa, laranja e até em um delicado tom de azul claro, de acordo com a cultivar.

No paisagismo, esta planta tropical de crescimento moderado pode ser utilizada como florífera perene ou como arbusto. Assim, é possível aproveitá-la em bordaduras, maciços, cercas vivas, conjuntos e até mesmo Pode ser cultivada em vasos, ou utilizada para fazer belos efeitos ornamentais em canteiros. O pinçamento ou beliscamento das mudas, estimula o adensamento da planta durante o crescimento, e as podas, realizadas após o florescimento, renovam a folhagem e dão o formato desejado.

Deve ser cultivada sob sol pleno ou meia sombra, em solo misturado a adubo orgânico e areia grossa no intuito de auxiliar o crescimento da planta e ter uma boa drenagem. Pouco antes da planta começar a desenvolver suas flores, pode-se adicionar também um pouco de adubo NPK com grande concentração de fósforo para estimular a planta a ter uma floração mais intensa.

Irrigue-a diariamente, mas sempre observando a quantidade para não encharcar a planta ou criar poças d’água.
Mesmo tolerando o sol pleno, a crossandra aprecia mais a meia-sombra ou a luz filtrada. Apesar de perene, o florescimento e o vigor da planta decaem com a idade e é recomendável renovar os canteiros com mudas jovens a cada 3 ou 4 anos. Não resiste ao frio ou às geadas. As podas, realizadas após o florescimento, renovam a folhagem e dão o formato desejado ao arbusto.

Pode-se fazer uma poda de limpeza e remover ramos mortos sempre que acabar a época de produção de flores. Multiplica-se por sementes e por estaquia.

Existem várias espécies de Crossandra, eis algumas:
Crossandra acutiloba
Crossandra afromontana
Crossandra albolineata
Crossandra angolensis
Crossandra arenicola
Crossandra infundibuliformis (Crossandra-salmão)

Hamelia patens

Nativa das Américas (ocorre entre o sul dos EUA à Argentina), a amélia é um arbusto que pouco a pouco vem sendo descoberto por paisagistas e admiradores brasileiros. A amélia tem características que a fizeram ser uma alternativa plasticamente bela, de baixo custo de manutenção e versátil.

A amélia pode ser usada ou como cerca viva, ou como destaque em um jardim, por formar o que se chama de arvoreta ou em projetos paisagísticos que usam renques (árvores ou arbustos colocados em fila para destacar ou esconder determinado detalhe arquitetônico). Pode alcançar 4 m de altura em condições favoráveis. Seu caule é semi-lenhoso e flores com tom vermelho-alaranjado ricos em néctar, muito apreciados por pássaros e borboletas.

Beija-flores são vistos muito frequentemente rodeando as flores da amélia e os demais pássaros vem em busca dos frutos remanescentes após a florada. As folhas têm uma peculiaridade: em regiões onde o inverno é mais rigoroso, elas adquirem uma cor avermelhada e também não cresce tanto, ficando com 2 m no máximo.

A amélia se desenvolve tanto a sol pleno quanto à meia sombra e não exige muito do solo, podendo sobreviver até em terrenos pobres em adubo. O que não significa que ela não precise de cuidados; para evitar fungos é aconselhável o plantio sob o sol e um preparo básico do terreno, descompactando-o e colocando terra vegetal, esterco de curral curtido e um pouco de farinha de osso.

No início do plantio, a rega deve ser constante, cerca de três vezes por semana, até a fixação das raízes que não dura mais de um mês. Depois bastam regas para umedecer o solo. Segundo alguns especialistas, em regiões úmidas a irrigação é desnecessária. A adubação deve ser feita a cada três meses, com a formulação NPK 10-10-10.

borboleta-azul-flor-2

Originário da África, esse arbusto conhecido cientificamente como Clerodendron ugandense é bastante cultivado graças as suas lindas flores que se assemelham a borboletas azuis.

Bem adaptado ao clima brasileiro, essa planta atinge um grande porte para um arbusto, chegando a quase 3 m de altura, e é bem volumosa, o que faz dela uma ótima escolha para frentes de casas ou a formação de cercas vivas em lugares amplos.
Devido a sua origem tropical, esta planta é bem adaptada a lugares quentes e ensolarados, embora pouco resistente a invernos rigorosos com geadas. Graças a isso é desaconselhável cultivá-la em regiões frias, como no Sul, além de sempre plantá-la onde irá receber bastante sol.

Os ramos são longos e flexíveis, de folhas grandes, ovais acuminadas, serrilhadas na borda e com o pecíolo levemente avermelhado. As flores são pequenas, de dois tons de azul com longos estames brancos, formando inflorescência tipo racemo na ponta dos ramos.

Tipo de Solo
Utilize um solo profundo e afofado, graças a seu grande porte é desaconselhável cultivar a borboleta azul envasada. Antes do plantio cave uma cova bem profunda e revolva bastante a terra, misturando-a a adubo orgânico e um pouco de NPK com concentração dos nutrientes equilibrada.

Caso você esteja cultivando a borboleta azul em um lugar com espaço restrito, por exemplo, em ruas onde tenham fiações, efetue podas de formação semestralmente de modo a evitar que a planta supere a estatura máxima desejada.

Irrigue-a diariamente, principalmente na época do calor, quando o solo seca mais rapidamente. Porém observe sempre se o solo já não está previamente molhado e lembre-se de nunca exagerar nas irrigações, para que o excesso d’água não venha a auxiliar a proliferação de doenças causadas por fungos.

De tempos em tempos é aconselhável reforçar a concentração de fertilizante no solo, reforce a dose de adubo orgânico semestralmente e adicione NPK rico em fósforo durante as épocas de maior floração, para assim auxiliar a planta a produzir as flores.

Floresce durante o ano todo, principalmente no verão.
Pode ser cultivada em todo o país, das regiões tropicais a subtropicais, não tolerando frio nem geadas.

Modo de plantio
Na cova de plantio coloque adubo animal de gado ou aves bem curtido, misturado a composto orgânico e acrescente 100 gr de adubo granulado tipo NPK formulação 10-10-10, misturando tudo antes de colocar o torrão.
Preencha a lateral com mais composto e apertar ao redor da muda, regando a seguir.

Mantenha as regas diárias por pelo menos uma semana se não houver chuvas, depois espaçar.
No verão deve-se regar mais seguido, pois é sensível à falta de água.

Tem um formato irregular e pode crescer além do esperado, mas a solução é podar a planta pelo menos duas vezes ao ano para controlar sua dimensão.
Quando realizar a poda também adubar a muda com composto orgânico e adubo animal em partes iguais regando a seguir.

Multiplica-se facilmente por estacas, bastando cortar um ramo e dividi-lo em pedaços de 15 a 20 cm de comprimento, com pelo menos duas gemas, deixando algumas folhas. Enterrar em areia ou casca de arroz carbonizada, mantendo este substrato úmido até o enraizamento.
Transplantar para sacos ou baldes plásticos até a muda atingir pelo menos 0,30 m, quando então poderá ser levada ao canteiro.

É uma planta com grande potencial paisagístico. Presta-se muito bem como cerca-viva, renques em muros para proteção visual ou em conjunto com plantas de cores púrpura, rosa e brancas.

FARROUPILHANome Científico: Justicia Floribunda
Nome Popular: Farroupilha
Família: Acamthaceae
Origem: Brasil
Ciclo de Vida: Perene

Arbusto herbáceo, nativo do Brasil, de 0,5 a 1,20 cm de altura, com ramagens pubecentes, folhas elítico alongadas e pequenas, brilhantes e persistentes. Flores laterais em toda a ramagem, solitárias, aos pares ou em pequenos grupos, vermelhas com extremidade amarela.

Formadas principalmente na primavera e muito visitadas por beija-flores. Cultivado, geralmente em vasos ou em grupos, mantidos em locais protegidos com luz difusa ou meia sombra, em terra fértil e umedecida.
Seu florescimento é mais abundante em regiões de clima ameno. Multiplica-se facilmente por estacas enraizadas em qualquer época do ano.

acácia rubra

Descrição de algumas espécies de árvores que mais nos interessam, pois se desenvolvem muito bem em nosso clima.

Acácia mimosa – Árvore altamente ornamental, exótica, com folhas perenes, cor acinzentada e com florescimento no mês de Agosto. Flores amarelas. É recomendada para o plantio em jardins, praças, ruas e margens de estradas, e deve ser plantada em solos profundos, e não tolera excesso de umidade.

Açoita cavalo – Árvore grande de até 16 m de altura e seu florescimento se dá nos meses de Janeiro e Fevereiro. Espécie florestal, nativa, com folhas caducas. É altamente recomendada para plantio nas margens dos rios, pois abrigam frequentemente entre sua folhagem, orquídeas, bromélias, parasitas e pequenos animais dos mais variados. Produz flores roxas e brancas muito procuradas pelas abelhas.

Álamo – Árvore exótica, florestal, com folhas caducas e de crescimento muito rápido. Requer solos com boa fertilidade e é recomendada para locais baixos, inclusive úmidos.

Cangerana – Árvore nativa florestal e aprecia terras secas e argilosas. A madeira é vermelha escura, com tonalidade marrom sendo resistente a insetos e mau clima. A espécie tem florescimento em duas épocas, uma em Fevereiro e outra de Setembro a Outubro.

Camboatá – Árvore florestal nativa, de folhas perenes e de crescimento lento. Altamente ornamental e seu porte é de médio a grande. Suas flores desabrocham na Primavera e são muito apreciadas por abelhas, e seus frutos por algumas espécies de pássaros.

Canafístula – Árvore florestal nativa, com folhas caducas e de crescimento muito rápido. É de grande porte e altamente ornamental pelas folhas verde-escuras, lustrosas e pelas exuberantes flores amarelas que desabrocham a partir de Janeiro. Recomenda-se o seu plantio em maciços densos, em jardins, praças, parques e margens de rodovias.

Canela amarela – Árvore florestal nativa, de grande porte, floresce na primavera. De crescimento rápido e é recomendada para reflorestamento em qualquer localização, inclusive para arborização de olhos d´água e vertentes. Os frutos são bastante apreciados por pequenos animais silvestres.

Caroba – Árvore nativa, florestal, espécie de porte médio a grande, de crescimento rápido e com folhas caducas. Desenvolve-se bem em solos profundos e férteis não tolerando umidade excessiva. A floração ocorre nos meses de Outubro e Novembro, sendo muito ornamental com suas exuberantes flores azuladas.

Cássia aleluia – Árvore altamente ornamental, exótica, de porte médio, com folhas caducas e flores amarelas. A floração ocorre nos meses de Dezembro e Janeiro. Seu plantio pode ser especificado para praças, jardins, ruas e margens de estradas. Crescimento muito rápido, produz flores a partir do segundo ano após plantio. É sensível às geadas.

Cássia imperial (chuva de ouro) – Árvore altamente ornamental de crescimento rápido, porte médio, com folhas perenes e flores amarelas muito marcantes. Recomenda-se para arborização de ruas, avenidas, parques, praças e jardins. É muito sensível ao frio.

Catalpa – Árvore florestal e ornamental exótica, de crescimento rápido, com folhas verde-amareladas e caducas. Produz vistosas flores brancas. Espécie altamente recomendada para reflorestamento, arborização de ruas, parques e jardins.

Cedro – Árvore florestal nativa com folhas caducas e de grande porte. Ornamental com florescimento em setembro e outubro. Adapta-se bem a solos férteis, mas sem umidade excessiva. Por isso recomenda-se o plantio em áreas mais altas.

Cerejeira – Árvore de porte médio, excelente espécie ornamental, frutífera, nativa, com folhas perenes e flores brancas e com crescimento lento. Deve ser plantada em locais baixos, mas sem umidade excessiva. Indicada para arborização de margens de rios, vertentes, olhos d’água e açudes. Seus frutos são muito apreciados por pássaros, peixes e pelos pequenos animais silvestres. Pode-se recomendar para o enriquecimento de matas.

Cinamomo sombrinha – Árvore ornamental exótica com folhas caducas e de rápido crescimento. Floresce nos meses de primavera e é resistente a geadas. Fornece boa sombra, indicada para arborização de margens de estradas e de estacionamentos. Evitar seu plantio em ruas calçadas, devido ao vigor de suas raízes.

Cocão – Árvore frutífera, nativa e florestal. Espécie com folhas permanentes, pode ser usada para sombreamento, quebra-ventos e abrigos. Seu crescimento é médio e atinge uma altura de 7 a 8 m de altura. Seus frutos são muito apreciados pelos pássaros.

Erva-mate – Árvore florestal nativa de porte médio com folhas perenes e de crescimento lento. Prefere solos profundos e de boa fertilidade, não tolera solos úmidos. Nos primeiros anos é sensível a geadas, motivo pelo qual deve ser protegida. Serve para formar a “saia-baixa” de quebra-ventos. Seus frutos são muito apreciados pelos pássaros, principalmente pelo sabiá. Pode-se recomendar seu plantio para fins comerciais (chimarrão), e pela beleza da árvore como ornamental em ruas, praças, parques e margens de estradas.

Figueira – Árvore nativa, frutífera silvestre, grande porte, tronco curto, folhas perenes, altamente ornamental. Os frutos são muito apreciados pela fauna nativa, bastante sensível ao frio e de crescimento rápido. Espécie recomendada para enriquecer parques, praças e beira de estradas.

Guapuruvu – Árvore florestal e ornamental de crescimento muito rápido. Perde suas folhas nos meses de inverno, na primavera aparecem as flores amarelas, em cachos. Prefere solos férteis, sendo muito sensível às geadas. Altamente recomendada, pela sua imponência, na arborização de praças e parques. Madeira muito mole, por isso cuidar onde plantar o citado vegetal.

Ingá – Árvore frutífera nativa, com folhas perenes e de rápido crescimento. Produz frutos apreciados pelos pássaros, animais silvestres e pelo próprio homem. É muito ornamental pela exuberância de sua copada e pela sombra que fornece. Pode-se recomendar seu plantio nos olhos d’água, vertentes, margens de rios, açudes, em praças, jardins e margens de rodovias.

Ipê amarelo ornamental – Árvore nativa, ornamental de porte médio, com fôlhas caducas e de rápido crescimento. Se destaca pela sua farta floração a partir de setembro. Prefere solos profundos, bem drenados e com boa fertilidade. Espécie recomendada para plantio em jardins, parques e para arborização de ruas e avenidas.

Ipê roxo – Árvore florestal e ornamental nativa, de porte médio a grande com crescimento rápido. Folhas caducas e se destaca pela sua floração lilás a partir de Setembro. Prefere solos profundos bem drenados e com boa fertilidade. Pela sua beleza e exuberante floração, recomenda-se o uso em praças, parques e jardins.

Jacarandá – Árvore nativa, ornamental, de crescimento rápido e com folhas caducas. Florescimento em agosto e setembro, com flores roxas. De porte grande, é recomendada para jardins, parques, ruas, avenidas e margens de estradas.

Ligustro – Árvore exótica, ornamental de crescimento rápido e com folhas perenes. Recomendada para arborização de praças, parques e ruas. Tamanho pequeno (arbustiva).

Louro – Árvore nativa florestal cujo tronco alcança diâmetros superiores a 1 m. De crescimento rápido e com folhas caducas. As flores brancas se mostram nos meses de Fevereiro até Abril. Prefere solos profundos, bem drenados e com boa fertilidade.

Manduirana – Árvore nativa, com folhas perenes. Destaca-se pelo seu grande valor ornamental, com floração de cor amarela. Seu crescimento é bastante rápido podendo florescer aos dois anos de idade. Recomendado para arborização de praças, jardins, parques e ruas.

Magnólia – Árvore exótica de rara beleza. Folhas caducas, flores grandes com 2 tipos, um de cor branca e outro roxo, muito aromáticas. Crescimento bastante lento, com porte médio, resistente ao frio. Indicada para arborização de parques, praças e jardins.

Paineira – Árvore ornamental, porte grande, folhas caducas. Rápido crescimento, muito bonita sua estrutura, existindo 3 variedades de tonalidades de cor rosa. A floração ocorre quando caem as folhas, e o vegetal se cobre de flores, é muito marcante sua beleza. Recomendada para arborização de rodovias, parques, praças e jardins.

Pinheiro brasileiro – Árvore nativa, florestal, com folhas perenes. Ornamental, de rápido crescimento. Prefere solos profundos, bem drenados e com boa fertilidade. A araucária quase que dispensa comentários, porque é uma espécie conhecida e admirada no mundo inteiro pelo porte e beleza. Seu fruto (pinhão) é muito apreciado pela gralha, pelo homem e por diversos animais silvestres.

Quebra-foice ou angiquinho – Árvore nativa de porte pequeno, com folhas perenes, altamente ornamental. Recomendada para o plantio em jardins, praças e parques e é resistente às geadas.

Vime chorão – Árvore ornamental exótica de rápido crescimento. De porte médio a grande, perde suas fôlhas no inverno. Vegetal com forma pendular, e se dá muito bem em solos úmidos, por isso pode ser recomendada para arborização de açudes, margens de rios e para o embelezamento de jardins, praças, parques e margem de rodovias.

Sibipiruna – Árvore nativa de folhas perenes e de porte médio. Crescimento relativamente rápido, flores amarelas e sensível às geadas. Ornamental, altamente recomendada para arborização de ruas, parque, praças e jardins.

Timbaúva – Árvore florestal nativa, com folhas caducas. Ornamental, pode ser largamente usada em praças e jardins pela beleza de sua folhagem. Pouco atacada pelas pragas. Tem sombra abundante. Seu crescimento é rápido e se adapta bem a todos os tipos de solos, com exceção dos excessivamente úmidos.

Tipa – Árvore ornamental exótica de porte médio a grande, folhas caducas, e crescimento bastante rápido. Suas flores aparecem em outubro e novembro. Pode ser aproveitada para arborização de ruas, avenidas, parques, praças e rodovias sendo relativamente resistente ao frio.